sexta-feira, março 09, 2007

Pasárgada fica em São Paulo...

Em tempo: a poesia abandonou-me... sei e não sei o que é poesia; agora, só tenho vontade de "prosa". Deve ser coisas desses dias malucos, brancos que estou a passar. Dias de pensar excessivamente na morte, pensar na vida passando, e ouvir as mulheres jovens chamando-me "senhor"... ah, que dor, que dor ficar velho! Preferia uma trombada logo de uma vez, um copo de veneno! Essa noite fui para os bares às 2h30... tarde, muito tarde para esta Penas do Desterro, cidade onde o demônio passou o rabo de fogo; tudo fechado, nem elas estavam na rua para um papo...
Ah, que saudades da minha São Paulo, que saudades! Madrugada dessas, o que é me segura, tampo as placas do carro e vou a 160 km/h para a Bôca do Lixo! Beber num bar-fecha-nunca... The Town that never sleeps... de noite, alta madrugada, São Paulo ronrona diferente... fica mais macia... eu me acho nestas ruas. Ficar sóbrio, neste mundo, eu?! Pra quê? Meu tio "Ôncio" é que tinha razão, passou a vida toda assim, nem bêbado, nem são, apenas meio "trolado" de pinga... e morreu feliz. Pasárgada, fica em São Paulo, é pra lá que eu vou!

Um comentário:

Anônimo disse...

Pasárgada fica em São Paulo,
Aqui sou amiga do Rei,
Aqui terei o homem que eu quiser,
Na cama que escolherei.

Nasci e moro em Pasárgada.
Em Pasárgada eu sou feliz,
Aqui temos e criamos tudo,
É outra civilização.

Sou paulistana da gema,
Da gema e do coração,
Bandeirante com berço no Ipiranga,
Orgulhosa quatrocentona!

Por isso, moço atrevido,
Não me faça provocação...
Peço um decreto real,
Fecho-lhe nossas porteiras,
Tiro-lhe o mapa da cidade.

Vá simbora pra sua Minas,
Amargue saudades no Desterro,
Cumpra sua pena...
Aqui não será amigo do rei.

Beijos da paulistana mencionada como menos paulistana que você(rsss).
Non ducor duco. Siga-me,moço poeta.

Kathleen

A poesia não o abandonou, Carlinhos.
Apenas tirou umas férias de você...
Em Pasárgada, claro! (rsss)