segunda-feira, setembro 15, 2008

Spinning World

Um repto à sua liberdade: um dia você cria coragem e fala! Um dia. Ou nem isso, pois talvez a vida não lhe dê tempo e corte antes o seu fôlego. Pena, pois só você perde, o resto ri... ou nem ri, só vai em frente. O gozo que podia ter... e não teve, passou adiante!

Partículas nossas, átomos, voltarão à Natureza. Pode ser até que, voltando, façam parte das cores íntimas de uma pedra. Toda vez que vejo uma pedra, penso que pelo menos um de seus atomos já fez parte de um corpo que amou, matou, odiou... Deve ser por que vejo deus assim, espalhado na Natureza... a energia das coisas. A vida vale nada, nada não!

Um dia você cria coragem e fala. Um dia. Antes que seus átomos retornem à mineralidade da Natureza, você gritará um nome que traz sufocado em seu peito. E quando você voltar a ser rocha, qual será a sua cor? [Não, você não fala, mas você não é rocha agora!]. A cor da hesitação, qual é?!

A minha cor mineral será amarela, ou ocre, pois são as cores do tédio que me mata. Tédio de existir, tédio latente até nos meus átomos.

Um dia você cria coragem, e então, você fala, você grita. Pena, mas eu não posso esperar. This is a spinning world - sabia?!

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