segunda-feira, dezembro 31, 2007

Ainda há gente que perde tempo comigo....

Geralmente, esqueço logo o que faço, o que escrevo, o que penso... esqueço também o que escrevem, o que pensam, o que fazem os outros. Há neste meu modo de ser uma vontade de renovo: eu quero ficar novo de novo, quero ficar novo como a imensa folha da taioba-do-brejo, em cuja superfície verde-esperança, uma gota d'água, ao escorrer, é sempre novidade, é sempre uma festa de luz líquida!
Quero ficar novo para ser um pouso novo para um novo amor... novo como uma flor que espera a visita de uma beija-flor que apenas voou de outra flor, que eu nem vi, e não quero ver...
Eu procuro, nem sempre consigo, não ter memória para certas coisas... eu me preocupo, mas também não me preocupo com a presença aos meus textos... gosto da presença dos outros nos meus arredores, mas logo os esqueço, pois quero mais e mais presenças, mais e mais bulidas comigo... para logo as esquecer e logo estar a esperar pelas novas presenças..., e assim por diante. Tenho, mas não tenho memória... depende... nunca se sabe! E ainda assim, tem gente que perde tempo comigo... por que será?

Um comentário:

Alessandra Espínola disse...

Cai bem aqui a fala de Shakeaspeare: "dispo meu coração como uma puta".